Salvador: agentes de trânsito terão colete à prova de balas

A Prefeitura de Salvador vai adquirir 100 coletes à prova de balas para agentes de trânsito e transporte da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador). O edital da licitação informa que esses equipamentos serão utilizados em “operações especiais conjuntas com a Polícia Militar e Guarda Civil”, entre outras situações. O valor da compra é estimado em R$ 155 mil.

Os coletes balísticos da Transalvador serão do tipo “nível III-A”, que oferece proteção contra disparos de munições nos calibres “44 Magnun SJHP” e “9 mm FMJ RN”. Conforme o tamanho, coletes com essas características podem pesar entre 1,7 a 3,3 kg. A escolha da empresa fornecedora acontecerá no dia 27 de setembro. O vencedor da licitação terá 60 dias para entregar os coletes.

O edital detalha que os coletes balísticos também serão utilizados em “fiscalização e apreensão de veículos com restrições, operações de blitz no combate ao uso de bebida alcóolica associado à condução de veículo, serviço de escolta do chefe do Executivo e/ou outras autoridades públicas, todas com notório risco iminente de vida”.

Bahia registra aumento de vítimas de crimes violentos letais

O quantitativo de vítimas de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) na Bahia no primeiro semestre de 2021 aumentou de 6,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse dado faz parte do balanço semestral divulgado discretamente pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP) no último sábado (21 de agosto), por meio de publicação na imprensa oficial.

Homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte e latrocínio (roubo com resultado de morte) são classificados como CVLI. Tradicionalmente, o balanço semestral feito pela SSP contabiliza as ocorrências por Regiões Integradas de Segurança Pública (RISP). Cada uma das dez RISP são subdividas em Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP), que agrupam municípios do interior, Salvador, Região Metropolitana (RMS) e Feira de Santana, além de bairros da capital baiana.

No cômputo geral, foram registrados na Bahia 2.943 vítimas de CVLI, o que equivale a aumento de 6,2% na comparação com o primeiro semestre de 2020, quando houve 2.771 vítimas. Os dados divulgados pela SSP não detalham qual crime violento letal intencional foi cometido.

Nas três RISP de Salvador houve aumento de vítimas de CVLI: Baía de Todos-os-Santos (364; +32,8%), Atlântico (137; +20,1%) e Central (211; +6%). Considerando a divisão por bairros da capital baiana, a AISP com maior volume de vítimas de CVLI no primeiro semestre de 2021 foi a de Periperi (113), seguida por São Caetano (99) e Pau da Lima (82).

As AISP de Salvador que registraram as mais altas variações percentuais são Rio Vermelho (20; +187,5%), Pau da Lima (82; +78,2%) e Liberdade (55; +77,4%). Em somente duas AISP de Salvador houve redução percentual: Tancredo Neves (74; -36,2%) e Barris (18; -10%).

Entre RISP formadas por municípios da RMS e interior da Bahia, o maior número absoluto de vítimas de CVLI foi registrado na Leste (622), que inclui Feira de Santana. A maior variação percentual é da RSIP Oeste (139; +33,6), composta pelas AISP de Barreiras, Bom Jesus da Lapa e Santa Maria da Vitória. Somente duas RISP fora da capital baiana apresentaram redução percentual: Região Metropolitana de Salvador (335; -14,1%) e Sudoeste (223, -0,4%).

A redução ou o aumento de CVLI influencia o valor do Prêmio por Desempenho Policial (PDP), bônus pago a policiais pelo governo da Bahia. No caso das AISP, existem três categorias de premiação, aplicadas conforme a redução no número de CVLIs. A meta geral para a Bahia, que é a redução de 6% a cada semestre, também garante bonificação.

WhatsApp e Facebook ajudaram a identificar sequestrador

Em decisão proferida na última segunda-feira (9 de agosto), um dos envolvidos no sequestro e desaparecimento de Marcos Costa Trinchão foi condenado a 26 anos de prisão. O empresário dono de supermercado foi raptado no dia 10 de fevereiro, na cidade de Pojuca (BA). A sentença revela que informações coletadas em redes sociais ajudaram a polícia a solucionar o caso.

Para chegar até Cícero dos Santos, um dos três homens que efetuaram o rapto, a polícia associou a um perfil no Facebook um dos celulares do sequestrador. Os policiais perceberam que a imagem do WhatsApp utilizado para exigir da família do empresário pagamento de resgate no valor de R$ 1 milhão reproduzia uma das tatuagens exibidas por Cícero na rede social.

Três policiais militares (dois soldados e uma cabo) lotados em Pojuca também participaram do sequestro. Cícero apontou como mandante um soldado que estava custodiado pela PM da Bahia. A ação foi comandada por meio de celular utilizado dentro da cela.

A família de Marcos Costa Trinchão entregou joias e R$ 35 mil reais aos sequestradores, que exigiram mais R$ 100 mil para libertar a vítima, o que não aconteceu. O corpo do empresário não foi encontrado. O juiz que aplicou a sentença a Cícero dos Santos declarou Trinchão com presumidamente morto, o que permite a expedição de um atestado de óbito.

Arsenal das polícias da Bahia ganhará mais uma arma de guerra

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP) vai adquirir fuzis automáticos com munição no calibre 5,56 x 45mm, um dos padrões das forças armadas de países que fazem parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Essas armas serão utilizadas pelas polícias Civil e Militar, segundo portaria assinada recentemente pelo secretário da Segurança, Ricardo César Mandarino Barreto.

O documento não indica quando e nem quantas unidades serão adquiridas. Um dos fuzis compatíveis com essa munição é o T4, fabricado no Brasil pela Taurus. Polícias de São Paulo e Santa Catarina já utilizam esse fuzil. O valor unitário do modelo semiautomático, que não dispara rajadas, oscila entre R$ 8 e R$ 10 mil, conforme as características do modelo.

O arsenal das polícias na Bahia já inclui outro fuzil no padrão da OTAN, o FAL (siga de fuzil automático leve), que utiliza munição no padrão 7,62×51mm. Pelo menos 450 FAL já foram doados pela Marinha à SSP. Polícias militares de São Paulo e do Rio de Janeiro também utilizam o FAL. No caso do Rio de Janeiro, essa arma é comummente utilizada em operações em favelas.

O curioso é que a Marinha decidiu se livrar do FAL para atender orientação da Organização das Nações Unidas (ONU), que considera o calibre 7,62×51mm excessivamente letal para operações em áreas urbanas. A Marinha, que tradicionalmente participa de missões no exterior, resolveu essa questão “empurrando” o FAL para polícias no Brasil.

PRF troca superintendente na Bahia

O policial rodoviário federal Antonio Sérgio Mello Freitas é o novo superintendente da PRF na Bahia. Ele assume o cargo que era exercido de forma interina por José Machado Ramalho Júnior desde junho de 2020.

Segundo informação enviada pela PRF a Olho Público, “o novo diretor-geral, Silvinei Vasques, tem realizado alterações tanto na Sede, em Brasília, quanto no âmbito das regionais nos estados, no que é um consectário lógico da mudança que resultou em sua chegada ao posto máximo da instituição”.