ViaPress vence licitação de R$ 5,6 milhões

A empresa soteropolitana de comunicação ViaPress é a vencedora da licitação da Prefeitura de Salvador para contratação de empresa que fará a gestão de cinco equipamentos culturais: Forte São Diogo, Casa do Carnaval da Bahia, Cidade da Música e o Memorial Casa do Rio Vermelho, antiga residência do casal Jorge Amado e Zélia Gattai. 

A ViaPress disputou o pregão com a empresa de consultoria Bent, parceira de negócios de outra agência de comunicação de Salvador, a Via Mídia. O valor do lance dado pela pela Bent foi de R$ 6,2 milhões. O valor da proposta da ViaPress, registrado um dia após a oferta da rival, foi 5% mais barato.

Museu no centro histórico de Salvador será reformado

Aberto em 2006, o Museu da Misericórdia passará por reforma que incluirá não só a parte estrutural, mas também o acervo de bens e móveis, formado por 3,8 mil peças. A obra será feita por empresa vencedora de concorrência, conforme anúncio feito hoje (29 de abril) pela Prefeitura de Salvador. 

O museu e a Igreja da Misericórdia formam um complexo localizado no centro histórico da capital baiana, fundado em 1549 e tombado em 1938 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 

O aviso divulgado hoje não deixa claro se todo o complexo será reformado. Esses e outros detalhes, incluindo o valor estimado da obra e o prazo para conclusão, só serão conhecidos com a divulgação do edital, prevista para 5 de maio.

Edital para concessão de palácio começa a ser elaborado

Foi dado o primeiro passo para a concessão à iniciativa privada de um dos mais bonitos e bem preservados prédios históricos de Salvador (BA), o Palácio Rio Branco. Olho Público apurou que a Secretaria de Turismo da Bahia (SETUR) acaba de criar a comissão de servidores que vai cuidar de todos os aspectos da licitação. 

O blog perguntou à SETUR se há previsão de data de lançamento do edital, se o objetivo ainda é o de transformar o edifício em hotel e qual valor a pasta pretende arrecadar com a licitação. Olho Público também quer saber quais serão as contrapartidas exigidas do vencedor. Essa matéria será atualizada com as respostas da SETUR. 

Até o momento, o único grupo interessado em explorar o Palácio Rio Branco é o Vila Galé, que possui dois hotéis na Bahia. Na prática, o grupo português já definiu os principais aspectos do negócio, após realizar um estudo autorizado pelo governo da Bahia. O objetivo desse estudo era analisar a instalação de “empreendimento hoteleiro de nível superior”. 

Fruto de chamamento público realizado em 2019, o estudo custou R$ 90 mil, sendo que 14% desse valor foi pago pelo governo da Bahia, conforme acordo assinado com representante do Vila Galé.  Se vencer a licitação, o grupo hoteleiro receberá de volta o valor investido no estudo. 

Apesar do clima de negócio fechado, Olho Público lembrou de um precedente, e achou melhor perguntar aos portugueses se o interesse no palácio está mantido. Em 2019, o Vila Galé desistiu de construir no sul da Bahia um empreendimento hoteleiro de R$ 150 milhões que já estava licenciado. Essa matéria também será atualizada com essa resposta. 

A aparência atual do Palácio Rio Branco, que já foi sede do governo estadual, é resultado de reforma concluída em 1919, que definiu o estilo neoclássico daquele edifício. Localizado ao lado do Elevador Lacerda, o Palácio Rio Branco abriga atualmente a Secretaria da Cultura do Estado da Bahia.

COVID-19: juíza baiana critica soltura de criminosos

Chamou a atenção de Olho Público a atitude da juíza Márcia Simões, da Vara do Júri e Execuções Penais e Medidas Alternativas, em decisão divulgada hoje (28 de abril). Ao negar liberdade a um homem de 21 anos acusado de homicídio praticado em Feira de Santana (BA), a magistrada utilizou boa parte de seu despacho para criticar a soltura de presos em virtude da pandemia. 

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem recomendado a substituição da privação de liberdade de gestantes, mães, pais e responsáveis por crianças e pessoas com deficiência por prisão domiciliar. O objetivo dessa orientação é diminuir o risco de mortes por COVID-19 nos sistemas prisional e socioeducativo em todo o Brasil. 

Somando-se os registros desses dois sistemas, a pandemia já matou 322 pessoas. Funcionários de unidades penais são maioria: 222. Entre a população de internos, a COVID-19 já fez 159 vítimas fatais. Esses dados foram divulgados pelo CNJ no início de abril. 

Olho Público reproduz trechos do despacho: 

“Urge registrar também que os sentenciados que estão custodiados em estabelecimentos prisionais não foram submetidos a qualquer exame para verificar se são portadores do coronavírus. Sua reinserção em meio aberto, sem qualquer cautela sanitária, contraria as recomendações de isolamento social que constam do manual do Ministério da Saúde. Por óbvio, o Direito e a Medicina não estabelecem suas diretrizes de atuação com base em achismos. 

Supor que custodiados do sistema prisional, fora do grupo de risco, e mesmo esses, correm mais perigo de contágio que profissionais de saúde, de segurança ou pessoas que não podem deixar de trabalhar por estarem em vulnerabilidade social, contraria os rigores da ciência e da decisão ponderada que permeia a atividade jurisdicional, mesmo em períodos de crise. Aliás, são nas crises que se exigem mais ainda ponderação e cautela. 

Por conseguinte, o mais prudente é o isolamento dos presos em regime fechado e semiaberto, com suspensão de visitas, saídas temporárias e trabalho externo até a contenção da pandemia. Seria uma restrição racional, importando em uma razoável limitação de direitos, assim como a que está sendo imposta à população em geral”. 

Doação faz ressurgir nome de ex-senador baiano

O nome de Cesar Borges apareceu na edição de hoje (28 de abril) do Diário Oficial da Bahia. Mas isso não significa o retorno à política do ex-senador, que desde 2016 preside a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias. O motivo dessa referência é a doação de seu arquivo pessoal para a Fundação Pedro Calmon. 

Considerando a quantidade de objetos entregues por Cesar Borges (mais de 3 mil itens, incluindo livros, quadros, fotos e material multimídia) é provável que esse material contenha informações relevantes a historiadores e outros pesquisadores da Bahia.