Bahia não atinge meta de redução de crimes violentos letais

Balanço divulgado hoje (16 de setembro) pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) revela que a meta estadual para redução de Crimes Violentos Letais Internacionais (CVLI) no primeiro semestre de 2021 não foi atingida. No entanto, considerando as metas regionais, foram registradas melhorias, principalmente em bairros de Salvador. O atingimento de metas define o pagamento de bônus a policiais civis e militares.

A meta geral para a Bahia é uma redução de 6%, a cada semestre, nas ocorrências classificadas como CVLI: homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte e latrocínio (roubo com resultado de morte). Para aferir o desempenho estadual, a SSP considera metas regionais, estabelecidas para as sete Regiões Integradas de Segurança Pública (RISP), formadas por Salvador, Região Metropolitana e municípios do interior.

Cada RISP é subdivida em Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP). Os bairros de Salvador formam 16 AISPs. Por sua vez, as sete RISPs da RMS e do interior da Bahia são formadas por municípios, agrupados em AISPs.

Salvador não atingiu sua meta de global de redução. Considerando o cenário por bairros, somente quatro AISPs atingiram suas metas individuais: Barris (-10%), Boca do Rio (-11,1%), Tancredo Neves (-36,2%) e Nordeste de Amaralina (-12,5%). A RMS alcançou sua meta global, graças ao desempenho de Simões Filho (-50%), Candeias (-22%), Vera Cruz (-17,8) e Dias D´Ávila (-26,8%).

No interior da Bahia, houve atingimento de metas individuais nas AISPs de Jacobina (-25,6), Paulo Afonso (-9,5%), Rio Real (-17,3%), Seabra (-29,4%), Senhor do Bonfim (-6,6%), Serrinha (-10,7%), Valença (-14,7%), Vitória da Conquista (-9,5%), Guanambi (-25,9%), Itabuna (-30,4%) e Itapetinga (-55,5%). Nenhuma das RISPs às quais essas AISPs são subordinadas atingiu meta.

Para saber os números absolutos de registro de CVLI por bairro de Salvador e regiões do interior, referente ao primeiro semestre de 2021, leia matéria publicada em 24 de agosto.

Kit intubação: Prefeitura encontra fornecedor para medicamentos escassos

A Secretaria da Saúde do Salvador (SMS) conseguiu fornecedores para dois medicamentos que compõem o “kit intubação”, necessário para o tratamento de pacientes com COVID-19 ou outras enfermidades em estado grave. A informação faz parte de dois contratos de registro de preços firmados com duas empresas farmacêuticas, publicados hoje (16 de setembro).

O cisatracúrio e brometo de rocurônio praticamente despareceram do mercado, após o aumento da demanda provocado pela pandemia de COVID-19. Essas duas substâncias são bloqueadores neuromusculares, e atuam como anestesia, permitindo que o médico anestesiologista faça a intubação com conforto e segurança para o paciente de UTI.

Estatal investiga denúncia de fraude em concurso público

A EMBASA investiga o que pode ser um caso de fraude no concurso realizado pela estatal em 2017. A questão envolve empregado que optou por disputar vagas reservadas a negros e negras, apresentando autodeclaração supostamente falsa. O prazo para conclusão da investigação é de 60 dias. Se for comprovada a hipótese de fraude, a nomeação poderá ser anulada.

O processo de invalidação de ato administrativo aberto pela EMBASA no início deste mês foi motivado por denúncia recebida pela Ouvidoria Geral do Estado da Bahia. Como esse tipo de registro é protegido por sigilo, não há como acessar o conteúdo da reclamação, tampouco saber se a denúncia partiu de dentro da EMBASA.

No entanto, Olho Púbico apurou que o alvo da investigação é um engenheiro que desde março de 2018 trabalha na estatal baiana como analista de saneamento. Ele é um dos 5.023 empregados da EMBASA, segundo balanço da estatal referente a julho deste ano.

A veracidade da autodeclaração feita pelo empregado no momento da convocação será aferida de forma presencial, por dois funcionários da EMBASA, em data não informada. Um relatório com o resultado da verificação será entregue à direção da estatal, que decidirá a questão.

Salvador: agentes de trânsito terão colete à prova de balas

A Prefeitura de Salvador vai adquirir 100 coletes à prova de balas para agentes de trânsito e transporte da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador). O edital da licitação informa que esses equipamentos serão utilizados em “operações especiais conjuntas com a Polícia Militar e Guarda Civil”, entre outras situações. O valor da compra é estimado em R$ 155 mil.

Os coletes balísticos da Transalvador serão do tipo “nível III-A”, que oferece proteção contra disparos de munições nos calibres “44 Magnun SJHP” e “9 mm FMJ RN”. Conforme o tamanho, coletes com essas características podem pesar entre 1,7 a 3,3 kg. A escolha da empresa fornecedora acontecerá no dia 27 de setembro. O vencedor da licitação terá 60 dias para entregar os coletes.

O edital detalha que os coletes balísticos também serão utilizados em “fiscalização e apreensão de veículos com restrições, operações de blitz no combate ao uso de bebida alcóolica associado à condução de veículo, serviço de escolta do chefe do Executivo e/ou outras autoridades públicas, todas com notório risco iminente de vida”.

União dobra preço de hotel projetado por Diógenes Rebouças

Construído pela CHESF na década de 1970, e desativado ao final da década de 1990, o Grande Hotel de Paulo Afonso (BA) acaba de ser incluído pelo Ministério da Economia em uma lista de imóveis sujeitos a alienação. O valor estabelecido para o imóvel é o dobro do lance mínimo fixado em 2016, quando o hotel foi ofertado pela Caixa Econômica Federal.

Com 15,2 mil metros quadrados de área, o Grande Hotel de Paulo Afonso foi concebido pelo célebre arquiteto baiano Diógenes Rebouças (1914 – 1994), responsável por projetos imponentes em Salvador, a exemplo da Fonte Nova (Estádio Octávio Mangabeira), Avenidas Contorno e Centenário, Escola Politécnica e Faculdade de Arquitetura da UFBA, Terminal São Joaquim de Ferry Boat, Penitenciária Lemos de Brito e Centro Educacional Carneiro Ribeiro (Escola-Parque).

O valor estabelecido pelo Ministério da Economia para o Grande Hotel de Paulo Afonso é de R$ 7,7 milhões, o que corresponde ao dobro do lance mínimo de R$ 3,8 milhões, divulgado pela Caixa Econômica em 2016. O hotel possui três pavimentos e 43 apartamentos com visão privilegiada para o cânion do Rio São Francisco.