Bahia começa a desativar contêineres para cadáveres

A Secretaria da Saúde da Bahia (SESAB) começou a desativar parte dos contêineres refrigerados alugados para o armazenamento temporário de corpos de vítimas da COVID-19. O primeiro equipamento desmobilizado foi utilizado pelo Hospital Ernesto Simões, localizado no bairro do Pau Miúdo, em Salvador. Dois contêineres permanecerão em funcionamento naquele hospital. 

Em maio, Olho Público noticiou com exclusividade a contratação de instalações para guarda de cadáveres de vítimas doença causada pelo vírus SARS-COV-2, que já matou 26,3 mil pessoas na Bahia. Além do Ernesto Simões, três outros hospitais da capital baiana receberam contêineres refrigerados: Couto Maia, Espanhol e Arena Fonte Nova. 

Unidades públicas de saúde em Lauro de Freitas, Feira de Santana, Itabuna, Jacobina, Barreiras e Vitória da Conquista também foram equipadas com contêineres para armazenamento de cadáveres. 

Todos os contêineres refrigerados alugados pela SESAB são fornecidos por uma única empresa, a Stillo Produções. No caso do Ernesto Simões, o custo mensal unitário é de R$ 7,5 mil. Segundo informação obtida por Olho Público junto a um fabricante desse tipo de equipamento, cada contêiner pode armazenar temporariamente até 200 cadáveres. 

Hospital militar em Salvador vai dobrar de tamanho

O futuro das instalações do Hospital do Exército, um dos prédios mais antigos de Salvador (BA), foi definido. A ideia de transferir a unidade para área da Polícia do Exército, na Av. Paralela, foi descartada. Em vez de construir novas instalações, o edifício localizado no bairro de Brotas, passará por mais uma reforma. O edital para escolha da empresa responsável pela obra foi divulgado hoje (26 de agosto). 

Olho Público apurou que a decisão pela reforma é uma questão de economia, ou seja, sairá mais barato para o Exército reformar o prédio da Ladeira dos Galés. Com a construção de mais 7,5 mil metros quadrados, o Hospital do Exército dobrará de tamanho. Serão construídos novos prédios e um edifício-garagem. 

Embora não seja tombado, o Hospital do Exército tem valor histórico. Naquele terreno ainda existem reminiscências do Solar do Barão da Castro Neves, que em 1872 foi adquirido para alojar o Hospital Militar. No interior da unidade de saúde existem peças de decoração alusivas à atuação do Exército, inclusive um vitral que homenageia os “heróis” de Canudos. 

Fonte militar consultada por Olho Público informou que a reforma do Hospital do Exército preservará a parte histórica do prédio. Em breve, o blog informará o valor investido na obra e se a reforma terá impacto no atendimento a militares, pensionistas, servidores civis e dependentes. 

Escola de Saúde em Salvador 

Outra novidade que Olho Púbico antecipa em primeira mão é transferência da Escola de Saúde do Exército para Salvador. A unidade, que realiza concurso para médicos, dentistas e farmacêuticos interessados em fazer carreira como oficial do Exército, é sediada no Rio de Janeiro. 

A nova Escola de Saúde do Exército funcionará no bairro da Pituba, na área da Escola de Formação Complementar do Exército e do Colégio Militar. Com a mudança, médicos da Bahia aprovados no concurso não terão que migrar para o Rio. A inauguração da nova Escola de Saúde do Exército deve acontecer em 2022. 

Multinacional do segmento químico terá fábrica em Passé

Com sede em Chicago (EUA), a Chlorum Solutions obteve licença prévia para uma planta no Parque Industrial Mário Pachêco Cruz, em São Sebastião do Passé, município da Região Metropolitana de Salvador. A empresa pretende produzir ácido clorídrico, hipoclorito de sódio hidróxido de sódio e salmoura de alta pureza. 

O licenciamento ambiental do empreendimento é conduzido pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (INEMA). Na fase atual, o órgão estadual fará a análise da viabilidade ambiental do negócio. Para construir a planta e iniciar a produção, a Chlorum Solutions ainda terá que obter as licenças de implantação e de operação. 

Por enquanto, a única planta ativa da Chlorum Solutions no Brasil fica no Ceará. Outra fábrica está sendo construída em Codó (MA). A empresa também tem operação no Uruguai. O site da empresa não cita a fábrica que será construída na Bahia. 

Uma das vantagens competitivas apresentadas pela multinacional é a não utilização de cloro gasoso no processo de produção. A exposição a esse tipo de gás oferece perigo à saúde humana. 

Há dois anos, a Chlorum Solutions captou R$ 110 milhões para iniciar expansão no Brasil. O acionista majoritário da multinacional é uma empresa norte-americana que opera nos segmentos imobiliário e de fundos de investimento do tipo private equity.