Salvador terá quarta loja de rede atacadista

A rede de supermercados Atacadão, do Grupo Carrefour, vai construir sua quarta loja em Salvador. É uma ótima notícia, já que a obra e, futuramente, o funcionamento do empreendimento, abrirão oportunidades de trabalho. No entanto, na área escolhida pela empresa no bairro de Canabrava há um campo de futebol utilizado há muitos anos pela comunidade local. 

Em junho do ano passado, a polícia militar foi até o local para impedir conflito entre moradores do bairro e operários contratados para construir um muro, a mando do suposto dono do terreno. Esse fato foi noticiado pelo jornal Correio, mas a reportagem não conseguiu identificar o nome do proprietário. 

Informação obtida por Olho Público indica que a prefeitura de Salvador já concedeu licença ambiental para o empreendimento, no terreno de 58,6 mil metros quadrados, localizado à rua Artêmio Castro Valente, em Canabrava. A loja do Atacadão ocupará 11 mil metros quadrados. 

Na licença ambiental dada ao Atacadão, a prefeitura de Salvador condiciona a construção do empreendimento à elaboração de um “Plano de comunicação social com foco na população afetada com a implantação do empreendimento, devendo adotar medida que mitigue a remoção do campo de futebol”. 

Olho Público procurou o Grupo Carrefour para saber quando as obras serão iniciadas, quantos empregos serão gerados, a data prevista para a inauguração da loja do Atacadão em Canabrava e de que forma a empresa pretende conduzir a questão do campo de futebol com os moradores do bairro. Não houve resposta.

ViaBahia prevê investimento de R$ 4,6 bilhões para melhoria em estradas

Uma obra muito esperada por quem trafega entre Salvador e Feira de Santana pode estar perto de acontecer. O Ministério da Infraestrutura concedeu abatimento de impostos à concessionária ViaBahia para implantação de mais duas faixas (3ª e 4ª) na BR-324.

A portaria que autoriza a inclusão do projeto no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (REIDI) também prevê a duplicação em 443 quilômetros na BR-116, além de obras de drenagem, passarelas, terraplanagem e canteiro central.

O valor do projeto de investimento apresentado pela Via Bahia é de 4,6 bilhões. As suspensões fiscais concedidas à ViaBahia são estimadas em R$ 170 milhões.

Olho Público não conseguiu contactar a ViaBahia para saber se já existe cronograma para realização das obras ou se essas melhorias estão condicionadas a reajuste nas tarifas de pedágio.

A ViaBahia opera concessões na BR-116, BR-324, BA-256 e BA-528. Os valores das tarifas de pedágio cobradas pela empresa variam de R$ 1,45 a R$ 45,90, conforme trecho e tipo de veículo, de acordo com informações da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Vai faltar oxigênio na Bahia?

É de conhecimento geral que o agravamento da pandemia de COVID-19 provocou um aumento descomunal no consumo de oxigênio em todo o Brasil, seja na rede privada de hospitais ou no SUS. No início de janeiro, em meio à crise em Manaus, a White Martins, que também é a principal fornecedora de gases hospitalares para a Secretaria de Saúde da Bahia, confirmou que teve que ampliar a produção no Amazonas “até o limite”. No final daquele mês, durante visita a um hospital, o secretário municipal de Saúde, Léo Prates, declarou que não havia risco “iminente” de falta de oxigênio em Salvador.

No início de fevereiro, a White Martins respondeu à revista Veja que “a situação sanitária vivida em Manaus não se reflete em outras regiões do Brasil”. No entanto, de lá para cá o cenário da pandemia piorou em todo o país, com a média de mortes batendo recordes sucessivos. Diante disso, e do atraso na vacinação, a indagação é inevitável: pode faltar oxigênio na Bahia?

Olho Público escolheu não fazer essa pergunta ao Governo da Bahia ou à Prefeitura de Salvador. Em vez disso, a questão foi enviada diretamente ao ator principal, ou seja, à empresa responsável pelo abastecimento dos hospitais baianos. Eis a resposta da White Martins enviada nesta terça-feira (9 de fevereiro) a Olho Público:

A White Martins informa que o fornecimento de oxigênio vem sendo realizado regularmente aos seus clientes das redes de saúde pública e privada na Bahia, conforme estabelecido em contrato. A companhia tem mantido contato constante com os seus clientes e autoridades de saúde locais sobre as variações de consumo de oxigênio. Nestas oportunidades, a empresa solicita que sejam comunicadas formalmente e previamente as necessidades de acréscimo no fornecimento do produto bem como a previsão da demanda. Isso porque compete às instituições de saúde públicas e privadas sinalizar qualquer incremento real ou potencial de volume de gases às empresas fornecedoras”.

A nota enviada a Olho Público pela assessoria de imprensa da multinacional acrescenta: “A White Martins – como qualquer fornecedora deste insumo – não tem condições de fazer qualquer prognóstico acerca da evolução abrupta ou exponencial da demanda”.

Em resumo, o que a empresa diz é que se houver um bom planejamento por parte da administração pública, não haverá falta de oxigênio na Bahia. Resumindo ainda mais: se avisar (com antecedência), não vai faltar.

Rede atacadista baiana quer captar R$ 110 milhões com operação na Bolsa

Comandada pelo soteropolitano Teobaldo Costa e por seu filho, Gabriel Nascimento da Costa, a rede Atakarejo, que possui 23 lojas na Bahia, fará uma emissão de 110 mil debêntures com valor unitário de R$ 1 mil, o que possibilitará à empresa captar R$ 110 milhões. A operação na B3, onde os títulos serão negociados, acontecerá na próxima segunda-feira (15 de março). A primeira vez em que a empresa fez uma operação como essa ocorreu em 2019, com o objetivo de captar R$ 80 milhões. Naquela ocasião o lançamento das debêntures do Atakarejo foi coordenado pelo Bradesco e pela corretora XP.

Olho Público apurou que a nova emissão de debêntures foi decidida na última assembleia geral extraordinária do Atakarejo, realizada no início deste mês, em Salvador. Para quem decidir adquirir esses títulos, a remuneração paga ocorrerá da seguinte forma: sobre o valor no nominal unitário (R$ 1 mil) incidirão juros remuneratórios correspondentes a 100% da variação acumuladas das médias diárias da taxa CDI, mais uma sobretaxa de 2,50% ao ano. O prazo dessas debêntures é de sete anos.

Recorrer à emissão de debêntures é uma alternativa para empresas que querem captar recursos com uma taxa que costuma ser mais vantajosa do que a dos juros dos financiamentos bancários. Com o volume que será captado por meio de sua segunda emissão de debêntures, a rede Atakarejo vai reforçar seu caixa e capital de giro, bem como prolongar o alongamento do passivo financeiro, conforme consta na ata da última assembleia geral extraordinária.

Faculdades privadas extinguem 26 cursos superiores na Bahia

Em atendimento a solicitações feitas por três instituições de ensino, o Ministério da Educação (MEC) autorizou nesta semana o encerramento de 26 cursos presenciais de bacharelado e graduação tecnológica na capital baiana e em Feira de Santana.

Na Unijorge, que tem sede em Salvador, foram extintos 12 cursos tecnológicos: Negócios Imobiliários, Processos Gerenciais, Eventos, Secretariado, Hotelaria (dois cursos), Marketing, Gestão da Qualidade, Produção Multimídia, Gestão Pública, Design de Moda e Gastronomia. O bacharelado em Rádio, TV e Internet da Unijorge também foi extinto.

O MEC também autorizou a UniFTC a encerrar, em Salvador, os cursos de Rádio, TV e Internet (bacharelado), Design de Produto (graduação tecnológica), Moda (bacharelado), Gastronomia (graduação tecnológica) e Biomedicina (bacharelado). Em Feira de Santana, a UniFTC extinguiu quatro bacharelados: Comunicação Social (dois cursos); Publicidade e Propaganda; Jornalismo e Rádio, TV e Internet.

Para a Universidade Católica de Salvador (UCSAL), o MEC autorizou a extinção do bacharelado em Secretariado e de dois cursos tecnológicos: Marketing e Gestão de Recursos Humanos.

Para os cursos extintos, mas que ainda possuem turmas em atividade, o processo de formação não será afetado e prosseguirá normalmente, até a conclusão e emissão do diploma, destaca um consultor de educação ouvido por Olho Público. Na avaliação dele, esses pedidos de extinção de cursos foram solicitados há mais tempo, mas só foram liberados agora, de uma só vez, devido a uma atualização de sistema feita pelo MEC.

Quanto ao volume de cursos encerrados, o consultor afirmou que isso é mais um capítulo do processo de adequação das instituições de ensino superior privado às condições do mercado, que vem apresentando retração de demanda há alguns anos, provocada pela diminuição da atividade econômica e seus reflexos no mercado de trabalho.