“Falhas sucessivas” atribuídas a uma empresa contratada fizeram a EMBASA interromper, na semana passada, obra de R$ 9,9 milhões, para expansão do esgotamento sanitário em Salvador. Procurada por Olho Público, a estatal informou que a paralisação da obra, consequência de rescisão unilateral do contrato, afeta 60 mil pessoas.
A licitação para “execução de redes coletoras, ramais prediais, ligações domiciliares, estação elevatória e linha de recalque de esgoto nas localidades Arraial do Cabula e Pero Vaz” foi vencida em junho de 2020 pela Água Forte Saneamento Ambiental. Sediada em Indaiatuba (SP), a empresa não respondeu mensagem enviada por Olho Público.
A EMBASA informou ao blog que o contrato foi rescindido devido a atrasos no “cronograma físico-financeiro da obra”, que “registrou um avanço de apenas 2,02%, quando o pactuado com o órgão financiador era de 31%”. Segundo a estatal, a obra tomada da Água Forte tem “potencial impacto em toda a sociedade, com a retirada de efluentes domésticos de locais inadequados”.
Para garantir a continuidade da obra, a EMBASA poderá convocar “as empresas remanescentes do certame para checar se há interesse para assunção contratual”. Se não houver interessado, será feita licitação. “O cronograma está comprometido e um novo prazo só poderá ser definido após a nova empresa ser contratada”, informa a estatal.