Polícia: Furtos e Roubos só atuará em crimes envolvendo mais de R$ 22 mil

Portaria assinada pela delegada-chefe da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Campos de Brito, determina que as Delegacias de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) de Salvador e interior só poderão atuar em casos nos quais o “bem jurídico tutelado alcance o patamar igual ou superior a 20 (vinte) salários mínimos, à data do fato”. A nova regra foi divulgada hoje (9 de setembro), em publicação na imprensa oficial. 

Para que o fato denunciado seja investigado pelas DRFR, também é necessário que a prisão em flagrante tenha sido feita por policiais lotados nessas delegacias especiais, ou se a vítima for “concessionária de serviço público”. A portaria afirma ainda que exceções poderão ser abertas, “nos casos em que o delegado-geral considere de interesse público”. 

Com a nova regra, que já está valendo, crimes envolvendo bens com valor inferior a 20 salários mínimos “serão investigados e formalizados nas Delegacias de Polícia Territoriais respectivas à circunscrição do fato delituoso, cabendo-lhes, inclusive, concluir os autos de prisão em flagrante lavrados nos plantões”. Há uma ressalva para crimes de latrocínio, que serão investigados pelas DRFR, independentemente dos valores envolvidos. 

O texto da portaria afirma que as mudanças foram feitas para estabelecer “limites da execução dos trabalhos de polícia judiciária”, e que as novas regras são resultado de um grupo de trabalho instituído em abril. As atribuições da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFRV), Delegacia de Repressão ao Estelionato e Outras Fraudes (DREOF) e da Delegacia do Consumidor (DECON) não foram alteradas. 

Polícia Civil da Bahia confirma realização de concurso público

Portaria assinada pela delegada-geral Heloísa Campos de Brito, publicada hoje (30 de julho) na imprensa oficial, cria o grupo de trabalho que tem 30 dias para apresentar um projeto para “reformulação e aprimoramento do curso de formação voltado às carreiras de Delegado, Escrivão e Investigador de Polícia, no âmbito da Polícia Civil da Bahia”. 

O texto da portaria informa que essa medida foi tomada em virtude da “sinalização governamental de publicação do edital do concurso ainda este ano e nomeação no ano seguinte”. O documento não traz informações sobre o quantitativo de vagas que serão ofertadas, tampouco adianta alguma informação sobre a contratação da banca examinadora, que depende de licitação.