Olho Público ganha super time de colunistas

Um super time de colunistas embarca hoje (9 de setembro) em Olho Público. Links para acesso direto às colunas serão incluídos nos boletins de atualização, enviados às terças e quintas-feiras (exceto feriados). Os primeiros colunistas, que estreiam nesta terça-feira são os tarimbados jornalistas Zezão Castro e Nilma Gonçalves, além do jornalista e escritor João Mendonça, autor de quatro livros. 

Olho Público é direto e não perde tempo com apresentações. Ficou curioso? Clique nos links e confira o que os colunistas preparam para você. Um teaser: na coluna Politocordel tem um cordel inédito, de Zezão Castro e Wladimir Cazé, sobre o 7 de Setembro. Nilma Gonçalves e João Mendonça também esperam você em Olho Público. Mais um teaser: na próxima terça-feira (14 de setembro), mais colunistas serão apresentados. 

Polícia: Furtos e Roubos só atuará em crimes envolvendo mais de R$ 22 mil

Portaria assinada pela delegada-chefe da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Campos de Brito, determina que as Delegacias de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) de Salvador e interior só poderão atuar em casos nos quais o “bem jurídico tutelado alcance o patamar igual ou superior a 20 (vinte) salários mínimos, à data do fato”. A nova regra foi divulgada hoje (9 de setembro), em publicação na imprensa oficial. 

Para que o fato denunciado seja investigado pelas DRFR, também é necessário que a prisão em flagrante tenha sido feita por policiais lotados nessas delegacias especiais, ou se a vítima for “concessionária de serviço público”. A portaria afirma ainda que exceções poderão ser abertas, “nos casos em que o delegado-geral considere de interesse público”. 

Com a nova regra, que já está valendo, crimes envolvendo bens com valor inferior a 20 salários mínimos “serão investigados e formalizados nas Delegacias de Polícia Territoriais respectivas à circunscrição do fato delituoso, cabendo-lhes, inclusive, concluir os autos de prisão em flagrante lavrados nos plantões”. Há uma ressalva para crimes de latrocínio, que serão investigados pelas DRFR, independentemente dos valores envolvidos. 

O texto da portaria afirma que as mudanças foram feitas para estabelecer “limites da execução dos trabalhos de polícia judiciária”, e que as novas regras são resultado de um grupo de trabalho instituído em abril. As atribuições da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFRV), Delegacia de Repressão ao Estelionato e Outras Fraudes (DREOF) e da Delegacia do Consumidor (DECON) não foram alteradas. 

COVID-19: decreto estadual é confuso quanto à proibição de festas

É no mínimo confusa – e de eficácia duvidosa – a alteração divulgada hoje (31 de março), no Decreto Estadual nº 20.658, de 20 de agosto de 2021. Ao mesmo tempo em que estende a proibição de “shows, festas, públicas ou privadas, e afins, independentemente do número de participantes, em todo território do Estado da Bahia”, até 10 de setembro de 2021, o regulamento libera eventos com até 500 pessoas. 

A relação de eventos autorizados (respeitando-se o limite máximo de participantes) inclui “cerimônias de casamento, eventos urbanos e rurais em logradouros públicos ou privados, circos, parques de exposições, solenidades de formatura, passeatas e afins, funcionamento de zoológicos, parques de diversões, museus, teatros e afins”. 

Isso significa que pode fazer casamento, mas sem festa? O mesmo entendimento de aplica às solenidades de formatura? O que é um “evento urbano”? De que forma o Governo da Bahia imagina ser possível limitar em até 500 pessoas a presença de público em eventos realizados em “logradouros públicos” ou em “passeatas”? 

A atualização do decreto gera dúvidas e pode até ser entendida por algumas pessoas como um “liberou geral” velado, efeito absolutamente plausível em um cenário no qual a segunda dose da vacina contra a COVID-19 avança entre os mais jovens. Se quiser impedir isso, correndo risco de criar ambiente favorável à disseminação da variante delta, o governo estadual vai ter que explicar melhor o que pode e o que não pode. 

Irecê: Consórcio PAM vence licitação de presídio

O contrato de cogestão do presídio de Irecê foi arrematado pelo Consórcio PAM, mesma empresa que venceu a licitação da penitenciária de Brumado. O resultado da concorrência foi homologado hoje (31 de agosto) pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (SEAP). O valor global do contrato, com duração de 30 meses, é de R$ 52,2 milhões. 

Inaugurados em 2011, os presídios de Brumado e Irecê permaneceram sem uso devido a uma disputa judicial que chegou até o Supremo Tribunal Federal (STF). No centro da questão está a proibição da contratação pela iniciativa privada de profissionais para atividades que são desempenhadas por policiais penais, servidores de carreira, selecionados por meio de concurso público. 

As duas licitações só ocorreram após permissão do STF, mas o debate sobre o drible na obrigatoriedade do concurso não foi esgotado. Considerando manifestações do STF e da Procuradoria Geral da República no curso do processo judicial, é bem provável que prevaleça o entendimento do Ministério Público do Trabalho, que é contrário à terceirização da atividade de policial penal. 

Em junho, o Consórcio PAM arrematou o contrato de cogestão do presídio de Brumado, com um lance de R$ 52 milhões. Os dois presídios terão o mesmo número de vagas para detentos: 531. Cada unidade prisional custou R$ 21 milhões ao governo da Bahia. 

Empresa baiana reforçará caixa com captação de R$ 120 milhões

Produtora de açúcar, etanol e bioeletricidade com sede em Juazeiro (BA), a Agrovale fará sua segunda emissão de debêntures, com o objetivo de captar R$ 120 milhões. A operação foi decidida na última reunião do conselho de administração da empresa, realizada ontem (30 de agosto). Por enquanto, a única informação divulgada pela companhia é que os títulos serão negociados por meio de oferta pública. 

A Agrovale alega ser uma das maiores indústrias da Bahia e detentora da “maior área plena de irrigação em cana-de-açúcar no Brasil”. Com 4,8 mil empregados, a empresa encerrou 2020 com um resultado líquido de R$ 42,2 milhões, o que corresponde a um acréscimo de 40% na comparação com o resultado obtido em 2019 (R$ 25,3 milhões).