A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) fará a quinta tentativa de vender o imóvel da antiga sede da estatal em Salvador, no bairro da Pituba. Desocupado desde 2019, o terreno com 44 mil metros quadrados abriga um edifício com 17 andares e outras edificações. Para tentar atrair comparadores, a ECT já reduziu em 20% o valor do lance mínimo, que em 2019 era de R$ 248 milhões. Atualmente, esse valor é de R$ 197 milhões.
Procurada por Olho Público, a ECT informou que não há invasão no terreno, que conta com vigilância 24 horas por dia. Questionada sobre a razão da falta de interessados em adquirir a antiga sede, a empresa respondeu por meio de nota que não pode emitir opinião sobre este assunto.
A próxima tentativa de venda acontecerá no dia 5 de maio. Se a ausência de interessados permanecer, só restará à ECT continuar reduzindo o preço, com a esperança de fisgar um comprador. Considerando o cenário atual da economia, é bem provável que isso demore, pois o custo para o comprador será muito maior, se considerarmos a necessidade de reformas e demolições.
Enquanto isso não se resolve, restará à população de Salvador o ônus de ter que continuar convivendo com um gigantesco entulho paisagístico em área nobre da cidade. E o que já é ruim tende a piorar, pois o estado de conservação das edificações em 2019, quando a ECT decidiu abandonar a antiga sede, já não era dos melhores.