Multinacional do segmento químico terá fábrica em Passé

Com sede em Chicago (EUA), a Chlorum Solutions obteve licença prévia para uma planta no Parque Industrial Mário Pachêco Cruz, em São Sebastião do Passé, município da Região Metropolitana de Salvador. A empresa pretende produzir ácido clorídrico, hipoclorito de sódio hidróxido de sódio e salmoura de alta pureza. 

O licenciamento ambiental do empreendimento é conduzido pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (INEMA). Na fase atual, o órgão estadual fará a análise da viabilidade ambiental do negócio. Para construir a planta e iniciar a produção, a Chlorum Solutions ainda terá que obter as licenças de implantação e de operação. 

Por enquanto, a única planta ativa da Chlorum Solutions no Brasil fica no Ceará. Outra fábrica está sendo construída em Codó (MA). A empresa também tem operação no Uruguai. O site da empresa não cita a fábrica que será construída na Bahia. 

Uma das vantagens competitivas apresentadas pela multinacional é a não utilização de cloro gasoso no processo de produção. A exposição a esse tipo de gás oferece perigo à saúde humana. 

Há dois anos, a Chlorum Solutions captou R$ 110 milhões para iniciar expansão no Brasil. O acionista majoritário da multinacional é uma empresa norte-americana que opera nos segmentos imobiliário e de fundos de investimento do tipo private equity. 

SECTI cobra multinacional pelo uso de espaço no Parque Tecnológico

A filial brasileira da norte-americana Accenture, um dos maiores players globais de consultoria empresarial, tecnologia da informação e terceirização, está “inadimplente” quanto ao pagamento de aluguel pelo uso do Tecnocentro, espaço localizado no Parque Tecnológico da Bahia, em Salvador. Sindicâncias foram abertas para apurar essa situação e suposta fraude na emissão de boletos do aluguel cobrado à Accenture.

Na sindicância aberta pela Secretaria da Ciência e Tecnologia da Bahia (SECTI), a Coordenação do Parque Tecnológico da Bahia terá que dar explicações sobre a inadimplência da Accenture, e dizer se essa condição implicará na permanência (ou não) da multinacional no Tecnocentro.   A portaria que determina abertura de sindicância, publicada no último sábado (21 de agosto), não informa o valor da suposta dívida. O prazo para conclusão da sindicância é de 30 dias.

Olho Público procurou a assessoria de imprensa da Accenture, mas não obteve resposta. Em mensagem enviada ao blog, a assessoria de imprensa da SECTI pediu tempo adicional para responder as questões encaminhadas hoje (24 de agosto). Essa matéria será atualizada a qualquer momento, para inclusão do posicionamento da SECTI.

Fraude e adulteração

Outra sindicância envolvendo a presença da Accenture no Parque Tecnológico foi aberta pela Secretaria da Administração da Bahia (SAEB). A pasta investiga indícios de que um ex-servidor teria “fraudado/adulterado” Documentos de Arrecadação Estadual (DAE) emitidos para cobrança de “permissão de uso remunerada de bem imóvel, celebrada através da SECTI”.

Os boletos supostamente fraudados foram emitidos em 2017, com valores entre R$ 2,4 mil e R$ 14,8 mil. A portaria da SAEB não detalha qual tipo de vantagem foi supostamente obtida pelo ex-servidor, tampouco revela em que ano o investigado foi exonerado. Olho Público apurou que ex-servidor alvo da sindicância já trabalhou em gabinete de deputado estadual da Bahia.

Os boletos supostamente fraudados foram emitidos em 2017, com valores entre R$ 2,4 mil e R$ 14,8 mil. A portaria da SAEB não informa qual tipo de vantagem supostamente obtida pelo ex-servidor, tampouco revela em que ano o investigado foi exonerado. Olho Público apurou que ex-servidor citado pela sindicância já trabalhou em gabinete de deputado estadual da Bahia.

CEASA: vencedor de licitação não será obrigado a manter feirantes

A minuta do contrato de concessão Central de Abastecimento de Salvador (CEASA) prevê que a empresa vencedora da licitação não será obrigada a manter os feirantes que atuam naquele local. O documento, que está disponível para consulta pública, adianta que o aluguel cobrado dos permissionários custará de R$ 28 a R$ 36 por metro quadrado.

Para bancos, restaurantes, lanchonetes, frigoríficos, representações comerciais e serviços automotivos, mencionados no edital como “atividades complementares”, o aluguel terá “preço de mercado livremente pactuado”. Os permissionários também pagarão uma taxa de administração do condomínio, “a qual está limitada a 7,5% incidente sobre as despesas condominiais”.

A data da licitação da concessão CEASA, com prazo de 35 anos, ainda não foi definida. Informação divulgada em julho pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia afirma que o negócio será realizado “ainda este ano”. A minuta do edital sinaliza que as empresas interessadas na concessão deverão apresentar garantia mínima de R$ 1,7 milhão para submeter propostas.

Atacadista de Salvador vai à Justiça para recuperar conta hackeada

A Justiça da Bahia obrigou o Facebook a devolver ao Atacadão Centro Sul o acesso à conta da empresa no Instagram, que foi bloqueada após ataque hacker detectado no dia 27 de julho. Sentença proferida na última sexta-feira (30 de julho) deu prazo de 24 horas para que o acesso seja restabelecido. A multa diária para o descumprimento da decisão é de R$10 mil.

No momento em que essa reportagem foi publicada, o perfil oficial do atacadista baiano no Instagram (@atacadaocentrosul) não estava disponível. Na última quinta-feira (29 de julho), a empresa publicou um alerta em sua página no Facebook, chamando atenção para o ataque hacker. Antes do incidente, o Atacadão Centro Sul tinha 75 mil seguidores no Instagram.

O ataque partiu de um smartphone localizado na capital paulista, detalha o texto da sentença. Após assumir o controle da conta, o hacker excluiu todo o conteúdo postado. O invasor também criou uma conta falsa, utilizada para divulgar “promoções inexistentes em nome do mercado”.

A decisão da Segunda Vara Cível e Comercial de Salvador (BA) também determina que o Instagram revele IPs e outras informações essenciais para a identificação do hacker. O Facebook, que não costuma comentar casos que viram processos judiciais, recebeu prazo de 15 dias para contestar a decisão, que prosseguirá em segredo de Justiça.

Rede varejista baiana com 141 lojas vai captar R$ 120 milhões

Sem data prevista para seu IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial) na B3, a rede varejista baiana Le Biscuit vai captar até R$ 120 milhões por meio de nova emissão de debêntures. O anúncio da operação foi divulgado ontem (29 de julho), com a publicação da ata da última assembleia gera extraordinária. 

O montante que a empresa pretende arrecadar será utilizado para “pagamento de gastos, custos e despesas ainda não incorridos diretamente atinentes à construção, expansão, desenvolvimento e reforma, de determinados imóveis e/ou empreendimentos imobiliários”, informa o documento, sem mais detalhes. 

As debêntures da quarta emissão do Le Biscuit não serão negociadas no mercado balcão da B3. Os títulos ficarão com a empresa paulista Virgo Companhia de Securitização, que utilizará as debêntures da rede varejista como lastro para a emissão de CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), que serão comercializados por meio de oferta pública. 

Como garantia para seus títulos, a Le Biscuit alienou um imóvel “objeto da matrícula no 22.806, do 2o. Ofício de Registro de Imóveis de Camaçari”, município da Região Metropolitana de Salvador onde a rede varejista possui loja. 

Oferta de ações 

No mesmo dia em que divulgou detalhes da emissão de debêntures, o Le Biscuit republicou a ata da assembleia geral extraordinária de 12 de agosto de 2020, que contém informações sobre o planejamento para a estreia de suas ações na B3. 

Ao final de março, o presidente da empresa, David Lee, informou ao jornal Valor que o IPO do Le Biscuit poderá acontecer em fevereiro de 2022. No entanto, ele sinalizou que essa decisão depende da retomada do funcionamento normal das 141 lojas da rede, que tem presença em 14 estados.