Aeroportos do interior terão tarifas mais caras do que Salvador

As tarifas de embarque e de conexão nos aeroportos de Ilhéus e Vitória da Conquista serão reajustas em 15,16% e 12,07%, respectivamente. Essas informações estão em documentos disponibilizados pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (AGERBA), que abriu consulta pública para informar os reajustes.

Na prática, essa medida é uma mera formalidade, já que os reajustes, calculados com base no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), estão previstos nos contratos de concessão. Os aeroportos Jorge Amado (Ilhéus) e Glauber Rocha (Conquista) são operados pela empresa SPE.

Com o reajuste, as tarifas de embarque em Ilhéus passarão a custar R$ 36,01 (doméstico) e R$ 63,75 (internacional). O valor da tarifa de conexão, para voos domésticos e internacionais, será de R$ 11,01. Em Vitória da Conquista, as tarifas de embarque custarão R$ 35,04 (voo doméstico) e R$ 62,04 (voo internacional). A tarifa de conexão passará a custar R$ 10,71, em qualquer situação.

Esses reajustes tornarão as tarifas praticadas em Ilhéus e Conquista mais caras do que as do Aeroporto de Salvador, onde as tarifas de embarque custam R$ 32,42 (voo doméstico) e R$ 57,41 (voo internacional). A tarifa de conexão em Salvador é de R$ 9,92 em qualquer situação, conforme informações disponíveis no site da concessionária Vinci Airports.

Os reajustes que serão aplicados nos aeroportos de Conquista e Ilhéus também afetarão outras tarifas cobradas nos dois terminais, com impacto direto no custo das operações aéreas e na movimentação de mercadorias.

A consulta pública que está sendo feita pela AGERBA será encerrada no dia 7 de abril. Olho Público entrou em contato com agência reguladora para saber quando os reajustes serão aplicados. Essa matéria será atualizada em breve.

COIVID-19: Prefeitura avalia compra de antiviral de alto custo

Considerado medicamento de alto custo, o Remdesivir poderá ser adquirido pela Prefeitura de Salvador para tratamento da COVID-19. Em resposta a um questionamento feito por Olho Público, a Secretaria Municipal da Saúde informou, sem mais detalhes, que a aquisição do antiviral “está em fase de avaliação”.

A empresa americana Gilead Science, fabricante do Remdesivir, já comunicou que pretende cobrar de países com o Brasil o mesmo valor praticado nos Estados Unidos, onde o custo do tratamento por pessoa equivale a R$ 17 mil.

No dia 22 de março, Olho Público noticiou em primeira mão que a Secretaria da Saúde da Bahia (SESAB) abriu dispensa de licitação emergencial para aquisição do Remdesivir.

O prazo para recebimento de propostas já terminou. Olho Público procurou a SESAB para saber a compra do medicamento já foi fechada, mas não houve resposta. Até o momento em que essa matéria foi publicada, não havia registro sobre essa aquisição nos canais de compras do governo da Bahia.

Embora o medicamento tenha fracassado contra o ebola e o vírus Marburg, inimigos primordiais do Remdesivir, o uso do antiviral contra a COVID-19 foi autorizado nos EUA. No Brasil, o uso do Remdesivir foi autorizado pela ANVISA no dia 12 de março. Ainda não há consenso entre médicos e pesquisadores brasileiros sobre a eficácia do Remdesivir no tratamento da COVID-19.

Em agosto do ano passado, artigo publicado no Journal of the American Medical Association sinalizou que o uso do Remdesivir contribuiu para reduzir o tempo de internação de pacientes com COVID-19. O estudo foi feito nos EUA, com 584 pacientes que apresentavam quadro moderado da doença, escolhidos aleatoriamente. A Gilead Science patrocinou esse estudo.