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Economia

EMBASA aumenta lucro, mas não reduz desperdício

O Índice de Perdas de Distribuição (IPD) na rede atendida pela Empresa Baiana de Água e Saneamento (EMBASA) permanece no mesmo patamar, superando as taxas nacional e de outros estados do Nordeste. Análise feita por Olho Público do recém-divulgado Relatório da Administração da EMBASA aponta metas de interesse público que não foram atingidas em 2020.

A estatal é responsável pelo abastecimento de 366 dos 417 municípios baianos. Em 2020, a EMBASA pretendia reduzir seu IPD de 46,5% para 44,1%, mas houve aumento, com o índice atingindo 46,6%. Há pelo menos três anos, a EMBASA não consegue atingir suas metas de redução de desperdício de água, que permanece em patamar superior ao último dado nacional divulgado pelo Instituto Trata Brasil, que é de 38,5% (2018).

Olho Público procurou a EMBASA para saber por que a empresa não consegue reduzir o desperdício de água. A assessoria de comunicação da empresa confirmou o recebimento do questionamento, mas não enviou resposta ao blog. Em Alagoas, Sergipe, Paraíba e Ceará o índice de desperdício de água é inferior ao da estatal baiana.

A COVID-19 não comprometeu o desempenho econômico da EMBASA. O resultado de 2020 (R$ 242,9 milhões) representa acréscimo de 31% na comparação com 2019. No entanto, a pandemia é apontada como justificativa para o não atendimento de outras duas metas de interesse da sociedade: Acréscimo de Ligações de Água (ALA) e Acréscimo de Ligações de Esgoto (ALE).

O pior resultado foi o do ALE. A EMBASA pretendia encerrar 2020 com um acréscimo de 74,7 mil ligações, mas só fez 45,4 mil (39% abaixo da meta). No quesito universalização do acesso à água (ALA), foram feitas 97,8 mil ligações, desempenho 12% abaixo da meta de 111,2 ligações.

No caso do esgoto, o resultado abaixo da meta coincide com uma redução de 12% no investimento feito pela EMBASA. Em 2019, a empresa gastou R$ 239 milhões com serviços de esgotamento sanitário, mas em 2020 esse valor caiu para R$ 210 milhões. Em seu relatório, a empresa atribui esse desempenho à redução do número de ligações de água, serviço afetado pela diminuição do atendimento presencial.

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