Pandemia de COVID-19 derruba lucro do aeroporto e do ferryboat

Demonstrações financeiras divulgadas no final da semana passada pelas empresas que operam as concessões do Aeroporto Internacional de Salvador e do sistema ferryboat revelam que 2020 foi um ano desastroso do ponto de vista do desempenho econômico.

O quadro mais grave é o da Internacional Travessias, que encerrou 2020 com um prejuízo líquido de R$ 1,4 milhão. Em 2019, a empresa obteve resultado totalmente diferente, encerrando aquele ano com lucro líquido de R$ 6,2 milhões. Essa diferença representa uma retração de 123%.

Iniciada em 2014, com prazo de 25 anos, a concessão obtida pela Internacional Travessias envolve o transporte de pessoas e veículos por meio da Baía de Todos-os-Santos, entre os terminais de São Joaquim (Salvador) e Bom Despacho (Itaparica).

“Considerando a imprevisibilidade da evolução do surto e dos seus impactos, não é atualmente praticável fazer uma estimativa do efeito financeiro nas receitas e fluxo de caixas estimados para os próximos períodos”, sinaliza o texto do relatório da administração da Internacional Travessias referente a 2020.

Embora não tenha encerrado 2020 com prejuízo, a concessionária do Aeroporto Internacional de Salvador, que é controlada pela Vinci Airports, viu seu lucro líquido despencar de R$ 30,6 milhões para R$ 3,1 milhões. Isso representa uma diminuição de 89,6% na comparação com o resultado de 2019.

“O setor aeroportuário mundial passa por uma crise estrutural e financeira devido à queda no volume de passageiros e aeronaves. A administração da Concessionária do Aeroporto de Salvador está atenta aos impactos dessa crise e tomou todas a medidas possíveis para a manutenção de seu fluxo de caixa operacional”, destaca o relatório da administração.

Reduzir áreas ocupadas no terminal, sem comprometer o atendimento da malha mínima aeroportuária da ANAC, foi uma das medidas adotadas pela Vinci Airports para atenuar o impacto da pandemia no Aeroporto de Salvador. Em seu relatório, a empresa revela que recorreu a programas do governo federal que flexibilizaram pagamento de salários.

HIV/Aids: taxa de mortalidade preocupa governo da Bahia

A Comissão Intergestores Bipartite da Bahia (CIB), formada por representantes da Secretaria da Saúde da Bahia (SESAB) e dos Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde, aprovou a criação de grupos de trabalho e comitês de investigação de óbitos por HIV/Aids na Bahia.

Conforme portaria publicada ontem (25 de maio) pela CIB, essa medida é motivada pelo fato de que Ilhéus, Itabuna, Juazeiro e Porto seguro estão entre os municípios brasileiros com maior taxa de mortalidade provocada por HIV/Aids.

A criação desses comitês deverá ser feita em todos os 17 municípios baianos com mais de 100 mil habitantes e que apresentam “elevada taxa de mortalidade por HIV/Aids, superior à taxa Estadual”.

Alagoinhas, Barreiras, Camaçari, Eunápolis, Feira de Santana, Jequié, Lauro de Freitas, Paulo Afonso, Salvador, Santo Antônio de Jesus, Simões Filho, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista também estão na lista de cidades que deverão criar comitês “com o objetivo de investigar os óbitos por HIV/Aids no Brasil, visando uma estratégia de redução da mortalidade evitável em pessoas vivendo com HIV”.

COVID-19: Prefeitura é obrigada a vacinar professores de cursos livres

Decisão da Justiça da Bahia divulgada hoje (17 de maio) obriga a Prefeitura de Salvador a aplicar a vacina contra COVID-19 em professores de cursos profissionalizantes (ensino livre). Em caso de desobediência, será aplicada multa de R$ 50 mil. Essa decisão é resultado de ação popular ajuizada pelo empresário Daniel Baldacci Junior, dirigente da Associação Baiana de Ensino Livre (ABEL).

O juiz Pedro Rogério Castro Godinho, da 8ª Vara da Fazenda Pública de Salvador, determinou a inclusão dos professores do ensino livre na quarta etapa do plano de vacinação do município de Salvador, na qual já estão inseridos docentes e demais trabalhadores da educação básica e superior. Por força de outra decisão judicial, a vacinação desses profissionais foi iniciada no dia 4 de março, sem divisão por faixas etárias.

O texto da liminar não menciona quais cursos estão enquadrados como ensino livre. Por definição, essa modalidade faz parte daquilo que o MEC classifica como educação profissional. Esses cursos não são reconhecidos pelo MEC, mas há previsão legal para essa atividade. Cursos preparatórios para provas de certificação também são considerados como ensino livre.

“Em respeito ao princípio da isonomia, do direito à vida, do direito à saúde e da dignidade da pessoa humana, revela-se fundamental que também seja priorizada a vacinação daqueles profissionais que também se dedicam à nobre tarefa de educar os cidadãos baianos, exercendo papel essencial na qualificação profissional de milhares de estudantes”, escreveu o magistrado.

A decisão judicial não menciona de que forma os professores do ensino livre deverão se identificar ou se cadastrar junto à Prefeitura de Salvador para receber a vacina contra COVID-19. Olho Público está apurando essa informação e atualizará essa matéria a qualquer momento.

Fracassa a quinta tentativa de vender antiga sede dos Correios

Desativada em 2018, a antiga agência central dos Correios em Salvador, localizada no bairro da Pituba, em Salvador (BA), segue sem atrair compradores. O preço do lance mínimo do imóvel, com 42 mil metros quadrados, foi estabelecido inicialmente em R$ 197 milhões, mas já desceu para R$ 168 milhões.

A assessoria de imprensa da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) informou a Olho Público que uma nova tentativa de venda será programada. O principal edifício da antiga sede dos Correios é um prédio com 17 andares. Naquele imóvel também existe um galpão de dois pavimentos, com 7,7 mil metros quadrados, e outro edifício térreo, com 1,4 mil metros quadrados.

COVID-19: SESAB e PMS não encontram fornecedores para kit intubação

Fracassou mais uma tentativa da Secretaria da Saúde da Bahia (SESAB) para adquirir medicamentos utilizados por pacientes de UTI que dependem de intubação. A Prefeitura de Salvador, que enfrenta a mesma situação, continua procurando fornecedores de anestésicos e analgésico do kit intubação.

Ontem (6 de maio), a SESAB divulgou que sua mais recente licitação não encontrou fornecedor para o analgésico propofol e para o neurotransmissor dopamina. No final do mês passado, a SESAB conseguiu comprar somente 4 mil das 90 mil unidades de propofol que precisa adquirir. Nessa mesma licitação, foram adquiridas 29 mil unidades do relaxante muscular midazolan, uma pequena fração da demanda da SESAB, que é de 1,8 milhão de unidades.

Outra licitação da SESAB, que será encerrada em 17 de maio, busca adquirir o anticoagulante heparina sódica e o analgésico fentanil, cuja demanda é de 660 mil unidades.

A Prefeitura de Salvador, que não consegue comprar propofol desde março, abriu ontem licitação para aquisição desse e de outro anestésico do kit intubação, o tramadol. O prazo de entrega das propostas é de apenas três dias. Uma licitação para compra do anestésico dextrocetamina foi prorrogada devido à ausência de fornecedor.